Finalmente volto à nossa Mensagem. É imperdoável o tempo que estive sem dizer uma palavra só! Peço desculpa. Gostava de continuar a falar com a Lisa e não só(!) no rasto da ideia da plena independência, livres de influências de leituras. Vamos, em conjunto, e por gosto, descobrir as belezas de tal poema.Quando leio o 1º.verso de O dos Castelos, e pelo fantasma das imagens que tenho gravadas na memória e pela sequência da leitura do poema, vejo uma Europa igual à esfinge egípcia.Mas porque foi Fernando Pessoa buscar esta imagem? Fui olhar a imagem da esfinge, estranha imagem leão/mulher.Impos-se ao meu olher pela grandeza e imponência do olhar. Parece-me um olhar frontal, que não tem exitações.Olhar arrojado e firme. Se Pessoa diz que quem fita(acabeça de mulher da esfinge)é Portugal, parece-me que ele quer falar da determinação com que os Portugueses irão descobrir o ocidente ("O ocidente futuro do passado"), qal cabeça da Europa. É ternurento e até chocante a delicadeza romântica com que carateriza a esfinge "E toldam-lhe românticos cabelos
Olhos gregos, lembrando".Aqui parece-me "ver"(leitura abusiva?)o mito grego da esfinge, deslocado . Para a Europa? Para POrtugal?
Não avanço mais. Por favor, não tardem tanto como eu. Digam o que pensam e sentem do que eudisse, pensei e senti.
Porquê "A Mensagem Livre"? Porque gostava de reservar este espaço à troca de opiniões e de comentários livres e descomprometidos. Um espaço reservado a pessoas que, como eu, gostem de Fernando Pessoa e particularmente da Mensagem. Ou pessoas que nunca leram a Mensagem e agora queiram lê-la de uma forma "livre" de influências bibliográficas. Aquilo que gostaria que acontecesse neste espaço é que cada um diga aquilo que sente à medida que vos faço uma proposta de leitura deixada no "post".